Em um interessante texto, a antropóloga Natália Fazzioni faz reflexões importantes sobre o período de “auto-isolamento” e experiências sobre arranjos de cuidado resultantes de suas pesquisas em outros quadros de epidemia.
“Desde que a quarentena teve início, eu acordava e dormia todos os dias com uma frase ressoando em meus ouvidos: ‘Por que estamos isolados?’. Não era uma pergunta que eu me fazia de forma genuína (pois eu compreendia plenamente as razões e necessidade do isolamento social para conter a epidemia de corona vírus), senão uma frase que me remetia a algum livro, filme, artigo, epígrafe e da qual aquele contexto todo me fizera lembrar. A lembrança me atormentava pois, entre entender como seria minha nova rotina em casa – com tarefas domésticas, prazos de trabalho e um filho pequeno – eu desejava obsessivamente me recordar de onde vinha aquela frase. Foi em uma manhã, quando entrei no banheiro e pude desfrutar de alguns poucos minutos de “auto-isolamento” dentro de minha própria quarentena, que me lembrei.”
Leia o texto completo na página do Laboratório de Etnografias e Interfaces do Conhecimento – LEIC.